quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A TECNOLOGIA E A EDUCAÇÃO


A era da tecnologia para o ensino-aprendizagem já não é uma novidade, muito embora, algumas questões ainda mereçam atenção e domínio.
Mergulhar no mundo de informações digitais requer coragem para buscar uma visão que explora não só a amplitude de conhecimento, mas a reformulação de tantos outros conceitos. Devido a grande quantidade de informações, essa busca transcende o conhecimento sistematizado, pois faz-se necessária a seleção da gama de informações disponíveis na rede. E é, justamente, neste ponto que o cuidado deve ser redobrado, porque a fonte virtual tem postagens que nem sempre são confiáveis.
De acordo com José Manoel Moran, “as tecnologias permitem um novo encantamento na escola, ao abrir paredes e possibilitar que alunos conversem e pesquisem com outros alunos da mesma cidade, país ou exterior, no seu próprio ritmo”, tal afirmação ratifica as inúmeras possibilidades que o professor tem para estabelecer uma aprendizagem interativa e sob o ponto de vista do aluno, a oportunidade de interagir sem fronteiras, fazendo uso das ferramentas mais modernas.
O aluno sente-se atraído pelas informações virtuais por conta do dinamismo e do desafio que são expostos, sentindo-se valorizado por dominar aquele ambiente, ao contrário do que ocorre quando há contato com regras ou fórmulas. A internet é um mundo que está além das fronteiras, oportunizando criar muitas coisas e (re) inventar tantas outras com, por exemplo, o uso da grafia e linguagem. Os sites de relacionamento (ORKUT, MSN e CHATS) são ambientes propícios para desenvolver idéias e entre estas, uma nova grafia que é utilizada em e-mails e nas “conversas” virtuais, sendo uma boa oportunidade para o professor estimular a escrita, proporcionando ao aluno que mostre aquilo que ele domina: “o internetês”. A grafia empregada nestes textos não é aleatória e mantém uma certa coerência com a original, exemplo “kbça” (cabeça) que quando é analisada, percebe-se que há uma aproximação da palavra escrita corretamente, muito embora esta linearidade nem sempre siga os mesmos rumos, como no caso de “blz” (beleza).Em suma, a escrita variará de acordo com o gênero proposto no texto e o que poderá determinar a qualidade do texto, não é a grafia oficial, mas a produção do autor, porque com a facilidade de informações a capacidade de criatividade teve um declínio considerável, ou seja, “na internet nada se cria, tudo se copia”. Diante de tais fatos, mais uma vez, a figura do professor surge como sendo um facilitador para o contato com a inovação tecnológica, pois toda forma de aprimorar conceitos de aprendizagem passa pelo crivo da escola e isso não induz pensar que o único objetivo é corrigir “o que está errado”, mas socializar idéias e caminhos para uma educação de qualidade.

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