quinta-feira, 25 de dezembro de 2008


Avaliação sempre será um assunto polêmico e passível de discordância, por uma razão muito simples: até que ponto a forma de avaliação é justa para quem o faz e para quem recebe? Haverá sempre um ponto a ser questionado, aprimorado ou modificado, porque a avaliação é constante e, por vezes, subjetiva.
Muitos autores, preocupados com o tema, propõem conceitos na tentativa de aproximar um ponto em comum dentro do assunto em questão. Profissionais como, Cipriano Luckesi, Dias Barriga e Maria Amélia Azevedo, colaboraram de forma significativa para a formulação de idéias e postularam suas considerações, de acordo com o que consta na bibliografia do caderno de estudos desta unidade, todavia o texto da professora Maria Avela Saul fez referências que muito aproximam daquelas que acredito.
A professora Maria Avela Saul, inicia suas considerações fazendo uma reflexão muito peculiar, quando cita a seguinte expressão utilizada por Maria Amélia Azevedo: “avaliação é um casaco de várias cores”. Neste breve comentário, fica evidente a idéia principal que envolve o processo de avaliação, ou seja, há vários caminhos para se chegar ao objetivo e cabe ao professor determinar se este caminho será traçado e marcado pelo sucesso ou pelo terrorismo.
É previsível a consideração de que não se julga numa avaliação o feito por si só, há todo um trabalho que promove o entrelaçamento de pontos a fim de ter como resultado o melhor que se foi capaz de produzir e que nem sempre o melhor pode ser medido por números ou menção. Reavaliar estas formas é admitir que ao longo dos anos muitas idéias sobre avaliação foram baseadas no equívoco e debatidas, inclusive por Paulo Freire, quando ele expõe de forma singular que a educação não pode ser bancária.
Urge a necessidade de uma nova visão que venha destituir o conceito firmado por tantas entidades educacionais, nas quais os alunos são “condenados” ao rendimento que se julga compatível e não o que ele, realmente, é capaz de produzir, sendo assim, a avaliação deixará de ser a vilã do processo de aprendizagem e passará a ser a inspiração para a busca do conhecimento e sua aplicabilidade no cotidiano.
Diante destas propostas que podem iniciar uma mudança significativa, cabe ao aluno perceber a necessidade de aprender de fato e ao professor ser o facilitador deste processo, no qual ambos ganharão não só em qualidade de ensino, mas na possibilidade de uma visão mais justa da necessidade de ter conhecimento e saber se valer dele.

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