Dezessete anos de espera e um grito preso na garganta: campeão!!! Ou melhor, HEXAcampeão...
O Flamengo entra em campo, diante de 90 mil torcedores e um só coração batendo cheio de emoção. A massa desenhada em vermelho e preto dita o ritmo do jogo incentivando o grupo rumo à tão sonhada conquista.
O jogo começa e por um momento não há como identificar “pessoas” naquele lugar, o movimento sincronizado da torcida lembra um mar rubro-negro de gente ... São 90 minutos que nos separam do sonhado título e, logo no início sentimos que não vai ser fácil.
A torcida grita, canta e incentiva... Mas, num lance de escanteio o Grêmio faz o primeiro gol da partida. O Maracanã fica mudo e o mar de gente parece não acreditar que a bola foi parar no fundo do gol. Em contraste, no Estádio Beira-Rio a torcida do Colorado vai ao delírio, afinal um tropeço do Flamengo daria a eles o título.
O jogo fica tenso... E os resultados combinados não favorecem o Mengão que chega a ficar em terceiro lugar...
Adriano não consegue espaço para jogar, Petkovic parece não ter mais forças e é quando de um momento inesperado a bola sobra nos pés de David, que marca... A galera no Maraca não economiza no grito de gol e o estádio vibra, literalmente, sinalizando que até o grande monte de concreto não consegue conter a emoção.
Mas só o empate ainda era pouco... De todos os concorrentes diretos, o Flamengo era o único que não precisava de combinação de resultados para ser campeão.
Show do intervalo, quantos gols mostrados e o “sobe-desce” dos times parece lembrar um grande balé do futebol... A torcida do Inter faz festa... A taça parece estar ao alcance de outras mãos...
O Flamengo volta, a torcida empurra o time e é hora dos jogadores honrarem a camisa. Faltas, jogo duro, escanteios... Espere um momento, a palavra foi escanteio? Pois é... Petkovic corre para a cobrança, alguns apostam na cabeçada de Adriano e outros num gol olímpico, mas a bola não quis dar direção a nenhum deles e é quando timidamente o pequeno Ronaldo Angelin aparece e coloca a bola no canto esquerdo do goleiro. Nas muitas voltas que o munda dá, o destino quis que o jovem rapaz que teve um risco iminente de ter a perna amputada por conta de uma lesão fosse o autor do gol que levaria o seu time ao título... Era ele que estava ali, não só para dar o título ao Flamengo, mas para ser o escritor da sua superação.
O Maracanã explode!!! O choro surge de todos os semblantes e o grito reprimido há tantos anos é ecoado em todo o território nacional.
Aos 48 minutos do segundo tempo o paradoxo acontece: termina o jogo para iniciar a grande festa. Andrade e sua equipe “lavam a alma” da grande torcida e os agradecimentos surgem de lágrimas, gritos, euforia...
O Brasil se torna uma grande Babel de emoções que fluem de todos os lados...
Neste dia 06 de dezembro de 2009, a palavra HEXACAMPEÃO passa a ter um significado peculiar no dicionário rubro-negro: conquista histórica.
O Flamengo entra em campo, diante de 90 mil torcedores e um só coração batendo cheio de emoção. A massa desenhada em vermelho e preto dita o ritmo do jogo incentivando o grupo rumo à tão sonhada conquista.
O jogo começa e por um momento não há como identificar “pessoas” naquele lugar, o movimento sincronizado da torcida lembra um mar rubro-negro de gente ... São 90 minutos que nos separam do sonhado título e, logo no início sentimos que não vai ser fácil.
A torcida grita, canta e incentiva... Mas, num lance de escanteio o Grêmio faz o primeiro gol da partida. O Maracanã fica mudo e o mar de gente parece não acreditar que a bola foi parar no fundo do gol. Em contraste, no Estádio Beira-Rio a torcida do Colorado vai ao delírio, afinal um tropeço do Flamengo daria a eles o título.
O jogo fica tenso... E os resultados combinados não favorecem o Mengão que chega a ficar em terceiro lugar...
Adriano não consegue espaço para jogar, Petkovic parece não ter mais forças e é quando de um momento inesperado a bola sobra nos pés de David, que marca... A galera no Maraca não economiza no grito de gol e o estádio vibra, literalmente, sinalizando que até o grande monte de concreto não consegue conter a emoção.
Mas só o empate ainda era pouco... De todos os concorrentes diretos, o Flamengo era o único que não precisava de combinação de resultados para ser campeão.
Show do intervalo, quantos gols mostrados e o “sobe-desce” dos times parece lembrar um grande balé do futebol... A torcida do Inter faz festa... A taça parece estar ao alcance de outras mãos...
O Flamengo volta, a torcida empurra o time e é hora dos jogadores honrarem a camisa. Faltas, jogo duro, escanteios... Espere um momento, a palavra foi escanteio? Pois é... Petkovic corre para a cobrança, alguns apostam na cabeçada de Adriano e outros num gol olímpico, mas a bola não quis dar direção a nenhum deles e é quando timidamente o pequeno Ronaldo Angelin aparece e coloca a bola no canto esquerdo do goleiro. Nas muitas voltas que o munda dá, o destino quis que o jovem rapaz que teve um risco iminente de ter a perna amputada por conta de uma lesão fosse o autor do gol que levaria o seu time ao título... Era ele que estava ali, não só para dar o título ao Flamengo, mas para ser o escritor da sua superação.
O Maracanã explode!!! O choro surge de todos os semblantes e o grito reprimido há tantos anos é ecoado em todo o território nacional.
Aos 48 minutos do segundo tempo o paradoxo acontece: termina o jogo para iniciar a grande festa. Andrade e sua equipe “lavam a alma” da grande torcida e os agradecimentos surgem de lágrimas, gritos, euforia...
O Brasil se torna uma grande Babel de emoções que fluem de todos os lados...
Neste dia 06 de dezembro de 2009, a palavra HEXACAMPEÃO passa a ter um significado peculiar no dicionário rubro-negro: conquista histórica.
(Texto de Odelízia Oliveira)